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Twitter vs X: Nem sempre um rebranding pode ser bom quando a marca já é consolidada

Sempre que falamos em Twitter, lembramos da icônica logo azul de passarinho. A rede social, que existe desde 2006, está passando por mudanças desde que o seu novo dono, Elon Musk, assumiu o comando da marca.

Uma das mais novas mudanças propostas por Musk, foi a alteração da logo e do nome Twitter para “X”, o que gerou uma grande comoção na rede pelos seus usuários. Segundo o dono da rede social, em entrevista para o canal por assinatura CNBC, não se trata apenas de uma mudança de logo, ele deseja transformar o aplicativo em um “faz tudo”. Ele explicou em um post no Twitter, no dia 24 de julho, que:

“O Twitter foi adquirido pela X Corp para garantir a liberdade de expressão e como um acelerador do X, o aplicativo de tudo. Não se trata simplesmente de uma empresa renomeando-se, mas fazendo a mesma coisa. O nome Twitter fazia sentido quando eram apenas mensagens de 140 caracteres indo e voltando – como pássaros cantando – mas agora você pode postar quase tudo, incluindo várias horas de vídeo. Nos próximos meses, adicionaremos comunicações abrangentes e a capacidade de conduzir todo o seu mundo financeiro. O nome do Twitter não faz sentido nesse contexto, então devemos dar adeus ao pássaro”.

No entanto, a maior parte dos usuários não ficaram satisfeitos com a mudança. Afinal, estamos falando de uma marca reconhecida em todo o globo. Além disso, a situação acabou fugindo ao controle de Musk, pois:

  • A empresa Meta já possui direitos sobre a marca X (em azul e branco) para software e redes sociais.
  •  A Microsoft também possui propriedade da marca X, devido ao seu sistema de videogame Xbox.
  • Musk foi notificado pela polícia de São Francisco, na Califórnia, ao mandar retirar a placa com o antigo nome “Twitter” do prédio sede da empresa. O trabalho foi paralisado, pois segundo o relatório policial, alterações não foram devidamente comunicadas à segurança, à prefeitura e ao proprietário do imóvel. 

Portanto, além do rebranding causar insatisfação no seu público-alvo e usuários da rede social, ainda pode ser uma questão complicada do ponto de vista jurídico, já que empresas como Meta e Microsoft possuem direitos de propriedade intelectual sobre a mesma marca. 

O caso de Musk mostra que nem sempre um rebranding pode ser bom, especialmente quando a marca já é consolidada. Um bom rebranding necessita planejamento estratégico, estudo e pesquisa. Não dá pra alterar uma marca reconhecida em todo o mundo sem antes ter um plano muito bem pensado, para não deixar pontas soltas e nem causar insatisfação no público fiel à sua marca. Mudanças são sempre válidas, mas é preciso se certificar que o seu produto continuará sendo consumido, ou o seu rebranding acabará tendo o efeito contrário do que deseja.

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